10 de novembro de 2010

Falando de sentimentos

'Não alimentar'

Como é possível deixar de alimentar algo que está vivo?

É como ter uma plantinha que sempre esteve na sala fazendo parte dos encontros entre amigos, dos jantares românticos, dos momentos alegres e não tão alegres assim e, se de repente ela começa a destoar da decoração ou se a 'da moda' é outra, você a deixa de lado. Primeiro colocando na cozinha, depois na lavanderia e, por não ter coragem de jogar no lixo, apenas 'deixa de alimentar', deixa de cuidar.
Não é o mais justo a se fazer, mas ao mesmo tempo, o que fazer também?

Assim também é com um sentimento chamado amor, pode morrer no coração de um e permanecer vivo no do outro, mas o deixar de alimentar nesse caso dói mais do que o colocar no lixo.

Dói, mas é uma vez só!

Quando se tem dúvida sobre o que quer, deixa de lado, mas vai lá olhar de vez em quando, e isso quer queira quer não alimenta, mas envenena, faz mal.


E quando se fica com fome, é inevitável buscar 'alimento' em outros lugares, em outras coisas que podem até suprir aquela necessidade, mas não alimenta de verdade e também faz mal, enjoa.
Como seria mais simples se soubéssemos onde fica aquele botãozinho que faz esquecer, que faz morrer de uma vez.

Quando tudo a sua volta faz lembrar fica ainda mais difícil. O que não dá é pra calar, sufocar.  Independente do que se passa do outro lado, o que vive dentro de você não pode ser tirado na marra, tem seu tempo e esse pode durar toda eternidade.

" Deixa eu dizer que te amo, deixa eu gostar de você.  Isso me acalma, me acolhe a alma, isso me ajuda a viver."